Uma estátua de Santo Antonio que servia à elite paulistana nos anos 1920 tornou à sociedade nesta semana pelas mãos do estilista Rodrigo Rosner.
Rosner, que é um dos mais famosos costureiros de noiva do país, nutre há alguns anos devoção pelo santo, mas jura que não é por assuntos matrimoniais. “Tinha um problema muito grande alguns anos atrás. Rezei uma trezena para ele e, no último dia, o problema foi resolvido”, conta ele, que desde então coleciona imagens do padroeiro num altar do ateliê e numa tatuagem no braço.
O santo da sorte sobrevive há mais de cem anos (Imagem Reprodução)
“Fui a um antiquário no Bixiga no último domingo, onde já tinha comprado algumas imagens. Quando eu estava para ir embora, o dono falou que tinha uma coisa para mim, mas estava um pouco constrangido porque era muito simples.”
A lembrancinha era a imagem de gesso do tamanho de um dedo médio, que era colocada na massa do bolo antes de assar. Quem encontrasse o efígie seria o próximo a se casar. O último paradeiro conhecido da pequena estátua era a Paróquia Santo Antonio do Pari, quase cem anos atrás.
Representantes da igreja, que na época era das mais importantes da cidade, diz que havia algumas imagens, mas que há muitas décadas não se tinha notícia de uma delas.
“Ele agora voltou. Quem sabe não usamos em algum casamento?”, se pergunta o estilista, que entrega com uma medalinha do santo os vestidos que vende para famosas como Danielle Winits.
Detalhe de criação de Rosner com a medalha do padroeiro que a acompanha (Foto Reprodução)