Os noivos no campo do Palestra, que deve ser inaugurado em setembro (Foto Cacá Rodrigues/Divulgação)
O relacionamento do empresário Roni Hajnal, 38, com a médica Mariana Prada, 32, ainda está verde. E, ao mesmo tempo, já chegou aos cem anos.
Hajnal e Prada se casaram no civil no campo do Palmeiras na terça (26), dia em que o clube comemorava cem anos de existência, num ritual que ele passou anos planejando.
Tudo começou no réveillon de 2012 para 2013, quando o paulistano foi à praia de São Miguel dos Milagres, em Alagoas.
“Foi lá que eu conheci minha noiva, digo, minha esposa. É a primeira vez que eu chamo ela de esposa”, ri ele. A médica de Campinas estava em férias com um grupo de amigas, que acabou se fundindo com a patota de amigos que acompanhava Roni.
Roni, com a camisa do time, e Mariana, vestindo verde (Foto Cacá Rodrigues/Divulgação)
“Na virada do ano a gente ficou.” Além da distância de quase 100 km entre a casa dos dois, havia outra.
“Eu sou judeu e ela não era. No começo, não sabíamos se isso seria um problema.” Não foi. Depois das férias, engataram um namoro que envolvia muitos ônibus indo de Campinas a São Paulo, e vice-versa.
Passavam as férias juntos. Foram ao Caribe nas primeiras e ao Vietnã na segunda. Foi lá que ele a pediu em casamento, com um vídeo que mostrava o relacionamento dos dois através de postagens no Facebook. O último quadro era o perfil de Mariana com o espaço reservado para estado civil preenchido como “Noiva?”
O pedido veio já atrelado a uma data. “Eu disse: ‘Você quer casar comigo no dia 26 de agosto?’” A o que ela disse sim.
Era a deixa para o palmeirense roxo (mas de um roxo esverdeado) começar a viabilizar seu sonho de dizer sim no gramado.
Um pé-d’água caiu enquanto o casal casava no civil dentro do campo; “Nem me importei”, diz ele (Foto Cacá Rodrigues/Divulgação)
Mesmo sendo ativo na comunidade e tendo ido a quase 700 jogos do clube, ele não conseguiu por conta própria ter acesso matrimonial ao clube. Tentou com a construtora e com a patrocinadora do lugar, e falhou. Depois de vários nãos, conseguiu o espaço da piscina para a festa. “Era 98% do sonho completo, mas não 100%.”
“Eu tinha conseguido tudo, a mulher que eu queria, na data que eu queria. Mas não o lugar que eu queria.”
A um dia da festa, conheceu um repórter do “Globo Esporte”, da TV Globo. “Ele conseguiu que a gente entrasse, com a juíza de paz, para filmar.”
Assim que os dois entraram na arena, que ainda não foi inaugurada, começou a chover. “A chuva apertou, mas a gente não se importou. Foi um filme completo”, diz ele.
“Casamento é isso, é parceria. Esse era o sonho do meu noivo, agora meu marido”, disse Mariana, que vestiu verde para o casamento civil, mas deve usar branco na celebração religiosa.
Depois do sonho realizado, é hora acabar com as distâncias: ela se converteu ao judaísmo e em breve se muda para São Paulo.
A celebração religiosa e a festa acontecerão em 6 de setembro no clube A Hebraica, em São Paulo. Felicidade aos noivos.
————————–
Curta a página do “Digo Sim” no Facebook aqui.