Uma marcha com mulheres vestidas de noiva andando por São Paulo é cultura. Foi o entedimento do Ministério da Cultura, que classificou a Brides Parade como projeto apto a captar R$ 568 mil pela Lei Rouanet.
A caminhada das noivas existe na cidade desde 2011. Geralmente segue o mesmo percurso: primeiro as mulheres (idades de 12 a 85 anos) se encontram num salão de beleza, se empetecam, fazem fotos e seguem para o Monumento às Bandeiras.
Dali, na frente do parque Ibirapuera, partem para a avenida Paulista em carreata.
Trinta e seis “noivas” posam no Monumento às Bandeiras, na edição 2012 da parada (Foto Divulgação)
“O evento não levanta a bandeira de protesto, e sim o direito a ser feliz”, diz Fredh Hoss, advogado, celebrante de casamentos e um dos organizadores da parada. “É sim uma celebração da felicidade das mulheres e de sua força dentro do relacionamento. Hoje elas trabalham, lutam e vivem bem, mas não abandonaram o sonho de se casar.”
As incrições são gratuitas e 36 mulheres marcharam em 2012, na última edição do evento, que foi importado: existe há 16 anos na Rússia e chega a reunir 500 noivas andantes em Portugal.
A edição 2014 está marcada para 21 de setembro. Caso consigam patrocínio, os três meses que antecedem a marcha também terão uma exposição de vestidos de noiva icônicos. O nome da mostra, bem como do projeto, é “O Rito e o Mito: Transformações ao Longo da História”.
“Ainda não sabemos exatamento onde será, pode até ser itinerante”, diz Fredh, “é só conseguir o dinheiro para que isso aconteça”.
Participantes do evento na avenida Paulista, na edição de 2012 (Foto Divulgação)