A Paulista, na altura da rua Bela Cintra, no último sábado: três casais (Chico Felitti/Folhapress)
Há três casais de noivos na foto acima. Não se trata de um casamento coletivo, e sim de uma noite qualquer de sábado na avenida Paulista.
A via mais simbólica de São Paulo sofre com um congestionamento de noivos de fim de semana, dizem fotógrafos.
“Quase todo cliente quer fazer foto lá”, diz o fotógrafo Maicon Alume. Ele afirma que chegou a ter de espremer um casal de clientes entre outros cincos pares, todos vestidos de branco e com equipes de fotografia atrás.
Casal posa no meio-fio da Paulista, na altura do Conjunto Nacional (Fernando Paes/Divulgação)
“É pior que congestionamento de dia de semana. Não dá”, diz Alume. Como os ensaios são feitos entre a igreja e a festa, os modelos não dispõem de muito tempo para a sessão.
“Temos 20 minutos, no máximo. Daí fazemos correndo, às vezes até aparece o véu de outra noiva no fundo”, diz a fotógrada Marianne Katrin, uma das que figura na foto lá em cima.
O casal da frente tenta evitar que noivos alheios saiam em sua foto (Chico Felitti/Folhapress)
Fernando Paes já teve de levar noivos da Penha e do Tatuapé até o encontro da rua Bela Cintra com a Paulista, “point” dos books de noivos. “A maioria dos casais quer fazer foto na Paulista. E sabe que vai ter mais gente. É normal, eu nem estresso. Quem está lá já está acostumado.”
Há profissionais que desistiram da via. “Deixamos de fazer ensaio na Paulista . Por ser cheio mas também por questão de assalto. Não aconteceu conosco, mas dá um medo” Luciana Teixeira, do Ateliê de Sonhos
Felipe Rezende também evita pegar a Paulista. Mas por motivo estético. “Cara, eu evito a Paulista porque a logística é horrível. Não tem onde parar o carro, é cheio. E fazer foto lá tá mais que manjado.”
Carlos e Mariana, que se casaram de bike na Paulista, conseguiram evitar o trânsito de noivos (Lalo de Almeida/Folhapress)