Vodca ou água de coco, para Naldo Benny tanto faz. Agora, quando o assunto é mulher-fruta, ele tem predileção. É só Ellen Cardoso, também conhecida como Mulher-Moranguinho, a rainha da quitanda do cantor.
“Foi assim desde o começo”, diz Ellen. Os dois se cruzaram pela primeira vez há três anos em um estúdio no Rio, onde ambos estavam gravando músicas. “O primeiro contato foi só visual”, relembra ela.
Passados uns meses, foram devidamente apresentados, em festa na casa de um amigo em comum. Ele entregou um CD autografado a ela e se despediram.
Voltaram a se cruzar de novo passadas algumas semanas, de novo a trabalho, numa gravação do programa de Wagner Montes. “Percebi que ele me olhava de maneira diferente naquele dia.”
A partir daí, os encontros não eram mais por acaso. O carioca Naldo passou a ligar para ela que morava em SP. “Dizia umas desculpas do tipo ‘Você tem um restaurante para me apresentar?’” Ela, que curtia a solteirice pela primeira vez, não atendia. “Ou atendia e dava uma desculpa esfarrapada.”
O jeito foi apelar para o profissional. Em 2011, a produção do cantor ligou para Moranguinho. Queriam que ela fosse a estrela do videoclipe “Chantilly”. “Fui, dancei e não aceitei cachê, porque achava ele muito talentoso e queria ajudar o trabalho de algum jeito.”
No dia seguinte, pronta para voltar a São Paulo, ela recebeu um interfonema no quarto do hotel. O carro que a levaria para o aeroporto havia chegado. E era dirigido por Naldo. “Eu disse: ‘pode pedir para ele subir’.”
Ao chegar no batente da porta, o cantor pediu que a dançarina chegasse mais perto. Sacou um buquê de flores que escondia atrás das costas. Moranguinho ficou vermelha. “Eu não sabia o que fazer, fiquei que nem adolescente.” Mas o primeiro beijo não saiu nesse dia.
“O namoro foi uma coisa à moda antiga, de pegar na mão e se olhar muito antes de fazer qualquer coisa.” Como Rita Hayworth, Ellen tinha medo que o encanto fosse apenas pela personagem.
“Eu não sabia se ele conhecia a Ellen ou a Moranguinho. Sou a Ellen, a Dona Maria que fica em casa de chinelinho e gosta de cuidar da casa”, ri ela hoje.
Mas Naldo conheceu as duas facetas, garante ela, e ficou com a mulher caseira. Ela parou de dançar e de cantar e hoje toca sua própria grife.
Não há pedido de casamento nesta história. “Desde o primeiro dia ele diz que não queria errar comigo, porque eu era a mulher da vida dele, para casar.” Em compensação, não faltou festa. “O noivado já foi uma coisa enorme. Imagina o casamento.”
A festa será inspirada nas uniões reais inglesas. Era inclusive para ter sido o ano passado, perto da celebração do príncipe William, mas a agenda de shows não deixou nenhuma data livre.
O bolo terá oito andares. Deve chegar a dois metros, para superar a altura do noivo. A trilha sonora fica por conta de Belo. “E é claro que o Naldo vai cantar também. Não tem como impedir”, diz ela.
Naldo Benny (que nasceu Ronaldo Jorge Silva) e Mulher-Moranguinho (nascida Ellen Cardoso) casam-se em 23 de setembro no Garden Party, no Rio. Felicidade aos noivos.
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